ALIENAÇÃO PARENTAL
A Síndrome de Alienação Parental, cuja sigla é SAP em português ou PAS em inglês, é o termo proposto pelo Dr. Richard Gardner, memorável psiquiatra americano, para a situação em que um dos pais de uma criança treina, incita, ensina o filho a odiar, repudiar, ignorar ou sentir mágoa do outro genitor.
É uma situação extremamente grave e que causa intenso sofrimento na criança alienada, cujos genitores alienantes, muitas vezes, não tem noção do quanto estão causando danos - psicológicos e até físicos - nos próprios filhos.
Na ânsia de se vingar do ex-cônjuge, por razões diversas, a criança é utilizada pelo genitor alienante como arma, como moeda de troca, gerando estremecimento e, não raro, ruptura do relacionamento entre pai (ou mãe) e filho.
As situações são inúmeras: O genitor que vem visitar o filho no final de semana, conforme regulamentação de visitas, e não encontra ninguém em casa (repetidos finais-de-semana); a mãe que não tem a guarda do filho, cujo pai muda o pequeno de colégio, o matricula em aulas extracurriculares, inicia um tratamento médico, e até mesmo muda de endereço sem participar as informações (fazendo com que esse genitor pareça frio, insensível aos olhos da criança), sendo um comportamento reiterado; invenção de fatos graves envolvendo o pai alienado, ou mesmo contando histórias ruins dele com lente de aumento, fazendo com que esse filho desenvolva horror, medo, ódio ou simplesmente desprezo pelo outro genitor; fazendo lavagem cerebral, onde o filho deixa de admirar, respeitar e amar o pai alienado, entre outras que, infelizmente, vê-se aos borbotões, cotidianamente.
Os problemas de relacionamento dos pais não devem envolver os filhos. O desamor, desentendimento e até desrespeito entre os genitores não podem esbarrar nos filhos, que precisam - e muito! - do amor e presença de ambos.
A criança alienada se torna rancorosa com o genitor alienado, até mesmo com a família/parentes dele e amigos, com fatos que lhe foram narrados de modo exacerbado e que até mesmo são inexistentes. Além disso, pode desenvolver distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico; utilizar drogas e álcool para aliviar a dor e a culpa; ter tendência à cometer suicídio, apresentar baixa auto-estima; ter dificuldades de se relacionar na vida adulta, entre outros muitos problemas e doenças, em menor ou maior escala. Importantíssimo que os pais ou mães que detêm a guarda dos filhos fomentem o respeito, o amor e facilite a convivência entre eles e os pais que não têm a guarda, ou que não mora com a criança. O desenvolvimento intelectual, psicológico, físico e emocional dos filhos compete a ambos os pais, que têm obrigação de promover um ambiente sadio, tranquilo e alegre à eles, plantando respeito e amor, para que sejam adultos melhores no futuro.
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Kelly Baptestone
Advogada e pós-graduanda em Direito de Família e Sucessões no Damásio de Jesus.
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